Mitos e Verdades

Desmistificando a cannabis medicinal: esclarecendo dúvidas comuns e combatendo a desinformação com fatos e evidências científicas.

Muita desinformação ainda cerca o uso medicinal da cannabis. Vamos esclarecer alguns dos mitos mais comuns com base em fatos e evidências científicas.

Mito:

Cannabis medicinal vicia tanto quanto o uso recreativo.

Verdade:

O potencial de dependência varia com o composto (THC > CBD) e forma de uso. Tratamentos com CBD ou baixas doses de THC, sob acompanhamento médico, apresentam risco consideravelmente menor que o uso recreativo de altas doses de THC. Muitos pacientes usam cannabis medicinal para reduzir o uso de medicamentos mais viciantes, como opioides.

Mito:

Cannabis medicinal é uma "cura milagrosa" para todas as doenças.

Verdade:

Embora promissora, não é uma panaceia. Sua eficácia varia, e funciona melhor como parte de um tratamento integrado, sob orientação médica. É crucial ter expectativas realistas e baseadas em evidências.

Mito:

Usar óleo de CBD vai me deixar "chapado(a)".

Verdade:

O CBD (Canabidiol) é não psicoativo, não causa euforia ou intoxicação associada ao THC. Produtos ricos em CBD e com baixo/nenhum THC não alteram a percepção ou cognição significativamente.

Mito:

Qualquer óleo de cânhamo (hemp oil) vendido online serve como cannabis medicinal.

Verdade:

Muitos óleos de cânhamo são derivados das sementes e contêm pouco ou nenhum canabinoide (CBD/THC). Produtos medicinais devem ter composição (concentração de canabinoides) especificada e comprovada por laudos.

Mito:

Cannabis medicinal é ilegal no Brasil.

Verdade:

O uso medicinal é regulamentado. A Anvisa permite importação e venda de alguns produtos em farmácias (com prescrição). O cultivo medicinal ainda depende de autorização judicial (Habeas Corpus), mas há movimento pela regulamentação.